segunda-feira, 16 de setembro de 2013

“Eu era a carne, e agora, sou a própria navalha”
- pesquisas viscerais em alfabetização -

Rodrigo Torquato da Silva- UFF /IEAR
Luciana Pires Alves- UFF/SME- Duque de Caxias


É porque, tio, tem mais nome pra xingar preto do que pra xingar branco (Ramon) 


Resumo:
O artigo surge nos atravessamentos entre duas pesquisas mergulhadas no cotidiano de escolas públicas em lugares de periferias do Estado do Rio de Janeiro. Nosso desafio não é especulativo, procuramos problematizar as questões atuais e vitais para escola e a formação da professora alfabetizadora, segundo a perspectiva da pluridimensionalidade em que temos: a dimensão técnica e metodológica, a dimensão teórico-epistemológica e a dimensão político-social. Percebemos as diferentes dimensões, não como um conjunto estanque, mas como zonas porosas de intercâmbio e criação. Há, ainda, a emergência do conceito de pesquisadores e pesquisas viscerais a partir das experiências de quem viveu na própria carne as problemáticas estudadas. Os pesquisadores viscerais podem ler o que está em jogo, ou seja, os riscos e as tensões naquilo que vemos como situações cotidianas.

Palavras-chave: Alfabetização, classe popular, pesquisas viscerais e violências.